SECRETÁRIA CONFIRMA QUE ESCOLAS PODEM FECHAR
A Secretária Municipal de Educação, Elisabete Humai de Toledo, atendendo a convocação feita pela Câmara, participou da sessão ordinária desta segunda-feira (25), para prestar esclarecimentos sobre o possível fechamento das escolas rurais João XXIII (Novo Mundo) e Rocha Pombo (Orle). Durante uma hora, a secretária foi indagada pelos vereadores, principalmente, no que diz respeito à veracidade das informações sobre o fechamento; se sim, para onde seriam remanejados os alunos das duas escolas; se a comunidade dos locais foi consultada, entre outras indagações.
De acordo com a secretária, a atual administração considera sim esta possibilidade e que há estudos para que isso se viabilize. Ela também garantiu que esteve reunida com a comunidade das duas regiões e que, inclusive, registrou os encontros em ata e em vídeo. “As pessoas são contra o fechamento, querem manter as escolas, ninguém quer sair de sua zona de conforto”, disse a secretária.
Ela também informou que da Escola João XXIII 34 alunos seriam remanejados para a Escola Rural José Monteiro (Bairro do Cruzeiro) ou para a Escola Rural São Carlos (Estrada do Araguari). Já os 21 alunos da Rocha Pombo iriam para a Escola Rural Duque de Caxias (Campinho). “Se houver outras sugestões, poderemos acolher”, observou. O vereador Rubão fez rapidamente algumas contas e chegou, segundo ele, aos seguintes números, em relação aos remanejamentos: “As crianças do Novo Mundo irão se locomover algo em torno de 500 quilômetros por mês; as do Orle, pouco mais de 300 por mês. Lembrando que elas deverão ser transportadas por ônibus que integram, como eles mesmos afirmam, uma frota sucateada”.
A presidente da Câmara, Margareth Pimpão Giocondo, disse achar difícil que se consiga fechar as escolas. De acordo com ela, para que isto venha a ocorrer seria necessário passar por várias etapas, entre elas, a aprovação do conselho escolar, que tem entre seus integrantes, pais de alunos das comunidades onde estão instaladas as escolas. “Os pais vivem em função de seus filhos. Então, é de se esperar que não haja essa aprovação. Além disso, existem vários outros obstáculos”, frisou a presidente do legislativo.